Saudade


     Saudade de quando as escolhas eram mais fáceis... Ou era sorvete de chocolate, ou era sorvete de flocos. Mas isso não tinha tanta importância, pois eu poderia escolher os dois. Saudade de quando o tempo passava, mas nem parecia. O dia era longo, dava para fazer tanta coisa! Chegava as nove da noite e parecia ter feito tudo o que pudesse ter feito por aquele dia. Saudade de quando eu acordava cedo e o sono não vinha. O bom era isso, pois dava muita vontade de levantar da cama, o cansaço não me consumia. Saudade de quando o maior dos arrependimentos não doía e a possibilidade de que logo eu poderia alcançar o que foi perdido era certa!
     Hoje... As escolhas são parte de dilemas intermináveis. O tempo parece não ter tempo para que possamos fazer tudo, só o nada às vezes fica bem feito, bem executado. Acordo já com sono, muito sono, e a motivação que as obrigações deveriam ter somem, desaparecem. E os arrependimentos que agora tenho não são nada remediáveis, não podem ser vencidos... Sobrou isso, saudade...

Assinado: Jotaefe Oliveira.
/Foto de Autor Desconhecido

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