Sem retorno

Eu não voltarei e nem você vai voltar. Para frente é caminho. Você pode guardar memórias, boas ou ruins, mas ao pensar em mim, não precisa olhar para trás, pois não estou mais lá, nem você está. O ciclo se fechou e aquela história: Fim.

Não sou um fantasma do que passou e menos ainda que quer voltar a ser. Voltar jamais! Mesmo se houvesse vontade, não teria como. Os retornos foram bloqueados, caminhos apagados, rotas refeitas. Vivemos juntos, sentimos juntos, passamos por tanta coisa juntos que futuro algum poderá alterar isso. Mas não deixa de ser passado. E seguimos. Continuamos - um tanto contrário ao que fomos. Mas convenhamos, estamos bem melhores. Não porque deixamos de viver juntos, sentir juntos, e compartilhar tantas coisas juntos, mas porque foi como tinha que ser. Independente das escolhas um do outro: crescer, aprender, melhorar. Tínhamos de continuar. E nessa continuidade, evoluímos. Não para declarar ao passado: Olha como estou agora! Mas para quem sabe entender melhor o porque da necessidade de alguns pontos, e deixar algumas coisas em reticências...

Que bom te ver melhor, te sentir melhor. Olho pra você e sei que não é o passado que admiro, mas alguém que tive a chance de conhecer, de viver junto e que segue bem. Nessas casualidades da vida e alguns reecontros me fazem perceber certezas aliviadoras: das boas escolhas que fiz com você e do quanto com você eu aprendi. Mas mais que isso! Bem mais... Te ver é reafirmar a eterna novidade da vida. Sim. Se você me olha, me reencontra, quem sabe me abraça, não tem passado alí, só há presente, uma novidade, um pleonasmo. E qualquer contato, não é resquício, qualquer vontade não é lembrança, não é saudade. Qualquer disso não passa de um simples: é.

Sou. Você é.
Independentes um do outro.
Em caminhos distintos.
Mas ainda somos
E estamos bem vivos

Assinado: Jéssica Flávia Oliveira.
/Fotos de Autores Desconhecidos


  

0 comments:

Postar um comentário

 

Blog Archive

Visits