Amar é insensato


Quando amamos é fácil deixar os defeitos de lado, as manias se tornam atraentes, as discussões promovem aproximação - como uma tentativa estranha de se entender e ficarmos mais próximos.

Quando se ama, faz sentido uma ligação inesperada, uma mensagem sem início ou fim, apenas resumida na intenção de manter a sintonia, estar em contato.

Quando amamos, cada detalhe lembrado faz sorrir, cada momento recordado transforma-se numa sensação de paz, equivalente a sensação de receber um abraço, não qualquer abraço, mas um abraço da pessoa amada.

Quando se ama e é recíproco o sentimento, até as coisas mais bobas fazem sentido, as loucuras ganham coerência. E a lógica é não saber explicar, tudo se abriga numa única palavra. E essa única palavra na verdade são várias. Que representam dois em um.

Quando se ama, simplesmente ama. E amar e ser amado é como uma fortaleza cheia de falhas e sensibilidades. Amar é envolver-se nos paradoxos mais suscetíveis a risos. Quando se ama, até sofrer e chorar ganham sentido.

Assinado: Jéssica Flávia Oliveira.
/Foto de Helena Braz

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