Olhares famintos


Olhares famintos, que perseguem suas vítimas, julgam seus atos, em desnecessária e embaçada pretensão. Mentes impotentes e limitadas, perdidas em motivações alheias e premissas negativas. Há uma preocupação infundada com a fachada do vizinho, se pudessem escolheriam paredes de vidro para assistirem mais de perto a vida dos outros. Olhares famintos com bocas afiadas, que comem e cortam sentimentos e intenções boas. Recortam situações e falas e remontam como querem, esticam e amassam, e numa dessas transformam até o inocente em pecador. Devastam a troco de saciar seus vícios. Não possuem seu próprio nariz, não respiram sozinhos. Precisam envolver-se com o alheio para manter suas intenções imaturas. Faces sombrias que não desejo que persigam nem o meu pior inimigo. Inimigo? Que na verdade eu não tenho. Mas vocês, seres de má fé, seriam fortes candidatos.

Assinado: Jéssica Flávia Oliveira.
/Foto de Sumyko

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