O desafio

Meu descontentamento comigo mesma se inicia em um conflito interno, pensamentos que discutem com outros pensamentos e essa discussão parece não ter fim, parece aumentar a cada nova ausência de coragem, ausência de resultados positivos, dignos, ausência de movimento e excesso de falhas...

Meu descontentamento comigo mesma me leva ao silêncio e é nele que me revejo, que me repenso, me reestruturo e decido partir para o recomeço, para algum posicionamento que regado possa produzir bons frutos.

Sou um ser pensante e aceito o desafio de ser mais do que o que eu tenho sido. Aceito o desafio da inconformidade que me alimenta e me impulsiona. Aceito o desafio de pensar e de principalmente fazer alguma coisa do que apenas isso. Que meu pensar gere mais do que pensamentos, mas que ele seja forte o bastante para se materializar nas minhas escolhas e atitudes de todos os dias. Que meu pensar leve-me a ser alguém melhor, menos ignorante, menos só cheia de opiniões e vazia de realizações. Que pensar não seja mecânico, mas voluntário, consciente.

Não corro o risco de perder o hábito de me "gastar" pensando, lendo, pensando, escrevendo, pensando, vivendo e raciocinando sobre minha vida, o que me rodeia, o que sigo e sobre os ideais a que me rendo... Mas corro o risco de me esquecer sentada onde for, parecendo ser nada mais do que um móvel encostado e empoeirado. Corro o risco de ser nada mais do que qualquer outro ser desprovido de massa cefálica. Se eu não souber o que fazer com minha capacidade de pensar... De nada valerá as coisas que penso.

Sair da minha zona de conforto, dar início a algo difícil de ser concluído e, logicamente, concluir - meu desafio reavivado, amém.

Assinado: Jotaefe Oliveira.
/Foto de Michael Bilotta


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