Graça

Sinto-me abençoada quando leio um bom texto, quando o que li me acrescenta bons pensamentos, me traz leveza e graça. Meus olhos se enchem de emoção quando minha razão percebe que há coisas sublimes além dela. Quando minhas percepções e perspectivas se ampliam, eu quase não acredito, visto que pareço grande quando na verdade sei que sou pequena.
Sinto-me preenchida quando por alguns momentos entendo que não é só do que eu vejo e sei que é constituída a existência, a realidade. Para muitos o que sinto é incompreendido, mas eu sei que tenho com quem compartilhar minhas confissões.
Quando me deparo com algo inesperadamente e surpreendentemente bom e simples, sinto-me tola. Porque às vezes julgo a vida tão chata e sofrida, quando na verdade é tudo perspectiva, são apenas dias. Entender que me resumo por vezes às inseguranças e chateações me faz desejar me pedir perdão. E vênia também a todos que convivem comigo, com todas minhas explosões de estresse e tempestades de dilemas. Que me perdoem de igual modo os dias ruins e a falta de saúde! Mas é que a vida é boa demais para ser verdade, pois segundos ocasionalmente fazem ter valido a pena cada perda e cada ferida. Que me perdoe a morte, no entanto para mim, ela só trás mais sentido aos meus dias, entendendo que tudo é passageiro demais, precisa ser valorizado... Por toda essa dádiva que tenho encontrado, não há espaço para ela, a saudosa morte, pois a vida, a vida é eterna.

Assinado: Jéssica Flávia Oliveira.
/Foto de Tracy Martin


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